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O Oscar e representatividade – ou a falta dela

Os indicados ao Oscar 2022 já foram anunciados e queremos saber, a sua lista de filmes já está pronta?

Tem muita gente correndo pra assistir tudo até o dia 27 de março, dia da premiação.

Nossa dica é começar pelos indicados a melhor filme, já que eles também aparecem em outras categorias.

Você já conferiu os indicados? Olha só:

  • Belfast
  • Não olhe para cima
  • Duna
  • Licorice pizza
  • Ataque dos cães
  • No ritmo do coração
  • Drive my car
  • King Richard: criando campeãs
  • O beco do pesadelo
  • Amor, sublime amor

Não sei se você reparou, mas a lista tá bem diversa, com filmes que abordam assuntos polêmicos, inclusive sobre temas de minorias. E talvez isso não seja à toa. Claro, tem todo o mérito do filme. Porém, a premiação tem recebido críticas da imprensa e da sociedade há alguns anos.

Hoje, em pleno 2022, seria até estranho não ter filmes que retratem a realidade de um mundo diverso. É sobre representatividade. O ano de 2021 foi marcado pelo recorde de produções nessa pegada.

Uma das mudanças que permitiram isso foi a inclusão de filmes exibidos exclusivamente por streamings, como a Netflix – já conhecida por disponibilizar no catálogo produções cheias de representatividade. A marca concorreu a 36 indicações e levou 7.

A representatividade em números

O Hollywood Diversity Report 2020 divulgou alguns números: 48% de papéis principais foram protagonizados por mulheres, número levemente abaixo da fatia populacional estadunidense. Além disso, também foi registrado 40% de protagonistas não-brancos nos principais filmes do ano, uma grande evolução comparando com os 10,5% de uma década atrás.

Queda na audiência

Apesar do recorde, o Oscar 2021 teve a pior audiência da sua história. Segundo a agência Nielsen, cerca de 9,85 milhões de pessoas assistiram à cerimônia, uma queda de 58% se comparada à de 2020, que registrou 23,6 milhões de espectadores.

Sabe por quê?

Com a pandemia, grandes estúdios marcaram uma presença bem menor nas categorias. O fechamento dos cinemas também diminuiu o alcance dos longas no mundo todo.

Mudanças

Após uma enxurrada de críticas sobre a falta de representatividade e tentando melhorar a audiência, a academia de cinema de Hollywood anunciou, em setembro de 2021, novos parâmetros para as categorias, que começam a valer a partir de 2024. É um passo histórico para contemplar mais diversidade entre os indicados.

Outra mudança que foi divulgada: para receber uma indicação, o filme terá de empregar uma cota mínima de representantes de minorias no elenco, na equipe ou na área administrativa. Outro critério é a trama abordar diretamente temas ligados a esses grupos. Mudanças necessárias para o momento em que vivemos hoje.

Já falamos por aqui como a representatividade é importante e como ela está sendo reproduzida na propaganda, vem conferir clicando aqui.