O marketing político não é uma prática recente. Na verdade, há registros de sua existência há mais de mil anos, quando líderes da antiguidade já utilizavam estratégias para moldar a opinião pública e fortalecer sua imagem. De Júlio César no Império Romano aos oradores gregos, a ideia de influência de massas está presente na história. Atualmente, essas práticas se modernizaram, com campanhas digitais e personalizadas para cada eleitor.
Embora muita gente confunda, marketing político e campanha eleitoral não são a mesma coisa. O Diretor de Criação da Chuva, Caetano Monteiro, trabalha nessa área desde 2012 e afirma:
“O marketing político é uma estratégia contínua de construção de imagem e relacionamento – que deveria acontecer durante todo o mandato do candidato – enquanto a campanha eleitoral é a execução dessas estratégias, focada em obter votos durante períodos eleitorais, com muuuitas regras e dinâmicas que mudam diariamente.”
E 2024, como é que tá isso?
Já neste ano, estamos diante de um novo momento, complementa Caetano: “posso dizer que nesta campanha estamos diante de uma nova revolução, que é a guerra do entretenimento. De um lado, o eleitor ganha com campanhas cada vez mais criativas e dinâmicas. Por outro, vemos uma batalha pela retenção da atenção que, por muitas vezes, pode ser desonesta, com fake news, deep fakes e excesso de ataques que camuflam o debate rico e esclarecedor, que é tão importante para o exercício da democracia.
Estar sempre à frente nas estratégias é o que faz do marqueteiro político destacar o seu candidato. E também as regras básicas que nunca podem sair de vista, como:
- Estudo do público-alvo: conhecer os participantes é fundamental para criar uma comunicação eficaz.
- Definição de posicionamento: estabeleça uma identidade clara e uma mensagem que reflita os valores do candidato, diferenciando-o dos demais.
- Uso inteligente das redes sociais: utilize todas as plataformas, como Instagram, Facebook e TikTok, para dialogar com diferentes públicos.
- Monitoramento constante: acompanhe as métricas para entender o sentimento do público e ajuste a comunicação conforme necessário. Essa mudança, muitas vezes, é diária.
Leia também: A importância de metas, objetivos e KPIs → - Criação de narrativas: contar histórias autênticas ajuda a criar empatia e engajamento. Já falamos sobre storytelling aqui.
- Marketing de conteúdo: publicar conteúdos educativos ou que demonstrem os feitos e ideias do candidato.
- Parcerias estratégicas: associar-se a influenciadores e formadores de opinião pode ampliar o alcance da campanha.
- Se liga nas regrinhas! Podemos afirmar que em cada eleição novas regras surgem. Se liga pra não pagar multa e não queimar o filme do seu candidato.
Com organização, uma boa equipe e pessoas experientes para tocar a campanha, é possível ser destaque no cenário eleitoral trabalhando com verdade, estratégias coerentes e, principalmente, atingindo o seu eleitorado com criatividade e inteligência. Nós, aqui na Chuva, torcemos para que as próximas campanhas venham com debates ricos, discursos propositivos e que cheguem ao fim as baixarias que tanto menosprezam o exercício fundamental da democracia.